domingo, 22 de fevereiro de 2015

Abraçando a escuridão

 
"Once you will know my dear
You don't have to fear"

Mother Earth
(Within Temptation)

 Quando iluminamos uma sombra normalmente deixamos de vê-la, ou pelo menos de ver parte de sua formação. Contudo, isto não acontece no mundo dos sonhos. Nele, quanto mais iluminamos uma sombra, maior sua escuridão se torna. Quanto mais nos mostramos, menos revelamos.

Era uma vez e eles viveram felizes para sempre, são as palavras que todos queremos ouvir, pois resumiriam tudo o que passamos a passado e tornariam todo o futuro pacífico. Não temos esse direito, não no mundo dos sonhos, aqui lutamos para acordar e quando finalmente despertamos somos obrigados, novamente, a dormir. O que reside na alma humana? Sombra? Esperança? Luz?


São pensamentos soltos e que não requerem uma interação, a você, que está lendo isso (eu mesmo, na maioria das vezes), não desejo a luz das respostas e sim a escuridão das perguntas.  O mundo não gira por quem sabe tudo e sim, acredite, gira por quem mais quer saber. Não saber, visto como algo aterrorizante por quem mais desconhece as respostas, acaba sendo o maior sonho de quem as tem. A ignorância, uma dádiva concedida e incompreendida se torna o herói e o vilão da humanidade, quem à detém a despreza quem à perde, à idolatra.


A escuridão não é ruim, não necessariamente.
Todos passamos, em algum momento da vida, por uma crise existencial que não se dissipa totalmente, que permanece incrustada em nossa consciência como um adesivo que deixa  marca da cola ao ser removido. Essa crise, em um dado momento, nos leva a pensar e a pesar nossos valores morais e sociais. Isso não é ruim, não mesmo, contudo, não entender essa situação e deixar crises irem se acumulando é devastador.

Não é uma nota pessoal, longe disso, é uma nota social, histórica e antropológica, a espécie humana, como seres sociais, falha em resolver suas crises e as isola em caixas seladas, que se quebram facilmente quando as empilhamos da maneira que sempre fazemos. Isolar os sentimentos negativos não os apaga, mas sim os potencializam, tornando-os imensos e imbatíveis.

Abraçar a escuridão nada mais é do que esquecer o medo de se encontrar consigo mesmo e ter coragem de abrir todas as caixas. Suas caixas trazem conhecimentos cruciais sobre você mesmo, conhecimentos que você tentou enterrar, por receios sociais. Isso não significa se tornar melhor ou pior, nem mesmo mau ou bom, significa se conhecer e ter consciência de suas ações. Deixar de fazer algo por ser aceito pelo senso comum ou por estar escrito em algum lugar que é o correto. Se conheça, se defina, se entenda, seja honesto consigo mesmo.

Abraçar a escuridão é se libertar de conceitos, esquecer o que foi e pensar no que será, sem deixar de dar a devida importância à estrada que te trouxe ao lugar onde se encontra, mas tendo em mente que onde se encontra não é nada mais que um lugar na estrada.

Abraçar a escuridão não é se envolver em trevas ou abdicar da luz, é deixar de lado todo esse contexto histórico ou religioso e entender que você está acima disso, pois suas decisões afetam ao todo, que é formado do conjunto de decisões de cada indivíduo.

Seja você o que você realmente é, não o que você quer que as pessoas saibam que você é, nem o que as pessoas querem que você seja. Seja real, para você mesmo.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Escuridão

 

Não, não me entenda mal.
A escuridão não é algo ruim, não ao todo.
Conhecemos muito pouco sobre o que é desconhecido e por isso ainda achamos que conhecer significa dominar. Oras, você dirá, o que é desconhecido não é conhecido, então a frase acima está errada. Claro que está errada, e por que não deveria estar?
Entender o motivo dos erros é o motivo de aprender e, mesmo aprender, não significa dominar, significa apenas aprender.

Conhecer a escuridão significa conhecer o que há além da compreensão humana, não digo compreender, não digo dominar, digo apenas conhecer, vislumbrar, observar, presenciar.

É algo que te muda, algo que altera suas concepções de mundo, seus valores, seus objetivos. Alguns se tornam errantes, alguns se tornam fortes, alguns se tornam fracos, alguns se tornam ocos.

Uma forma de entender isso é entender o que é a pirâmide de formação da consciência humana e como seria sua vida se você abdicasse de sua base. Imagine viver sem tudo o que lhe foi ensinado desde a infância, sem a influencia religiosa, política e social que seus pais implantaram em seu cérebro desde antes de você nascer. Consegue visualizar isso? Não minta para você mesmo, você não consegue, pelo menos imediatamente.

Entender a nossa formação como ser humano, nossa formação social, é muito complexo e saber como seriamos sem isso é mais complexo ainda. Não existe parâmetro para comparação, uma vez que cada um lida com seu verdadeiro "eu" de maneiras diferentes. O que você faria se ganhasse 100 milhões? O que você faria realmente? Se olhe no espelho e se pergunte: "O que eu quero fazer de verdade?"
Viajar? Comprar? Mudar? Não estou falando de investimentos, ou opções lógicas como sair do emprego, tampouco estou falando sobre as piadas que fazemos no dia a dia como comprar a empresa em que trabalha ou mandar matar o chefe. Estou falando do que você faria se não precisasse se preocupar com dinheiro ou com contas a pagar.

Não nos fazemos essa pergunta o suficiente e nos tornamos escravos de nossas próprias deficiências. Lí uma vez em algum lugar "trabalhamos mais do que deveríamos para comprar coisas que não precisamos" e isso é exatamente um retrato da sociedade humana atual. Não precisamos de "likes", não precisamos de "amigos descartáveis" em redes sociais, não precisamos de admiradores, isso não satisfaz nosso ego, nunca. Quanto mais nos enchemos de "tralhas sociais" mais sentimos falta da realidade e mais somos inundados com necessidades irreais. Ter objetos valiosos, ter o que os outros tem, ter o mais moderno ou o mais caro ou o mais bonito, ter, ter... ter.

Nos confinamos em nossos apartamentos, em nossos carros, em nossos computadores. Nos trancamos pois o mundo é grotesco, nos trancamos pois não temos certeza de mais nada. Talvez eu saia e seja morto em um assalto, ou talvez eu saia e seja atacado, ou talvez eu saia e me decepcione por nada acontecer de errado comigo, nem de certo. O talvez é a medida de nossa ignorância atual. O talvez  deixa de fora tudo de positivo e trás à tona o que nossa alma quer trazer. Parte disso é escuridão, mas muito disso é luz indevida.

Enxergar o mundo não é ler o jornal, não é ver a televisão, não é acessar o site. Tudo isso se corrompe muito facilmente. Saber o que acontece não é ler a opinião de um figurão, muitas vezes despreparado, sobre o assunto. Saber o que acontece é estar lá quando acontece e, para isso, precisamos deixar o talvez de lado e sair de nosso confinamento.

Apesar de escrever de forma direta, isso é apenas uma metáfora, nosso confinamento está em nossa mente, o assalto é o conhecimento e a incerteza, a escuridão. Para deixar a escuridão entrar precisamos desarmar nossas mentes, abrir as portas e tentar. Assim poderemos responder o que realmente faríamos se não tivéssemos a necessidade de ter. O talvez impede que nos conheçamos, nos impede de saber quem realmente somos. O medo de conhecer nossa real natureza nos impede de aprender sobre nós mesmos, individualmente. Conhecer o que somos é amedrontador, pois podemos não gostar do que descobriremos. Isso impede a escuridão de entrar.

A escuridão sempre foi vinculada aos aspectos negativos da humanidade, o que é bom está na luz, o que é bom está à frente. A escuridão é a dúvida, é a falta de luz, a falta de entendimento. Isso está muito errado. A escuridão é a ausência de tudo, de imposições, de regras, de mitos, de conhecimento, de moda, de prazer, de gestos, de gostos. A ausência de tudo o que se impõe à sua real natureza. A escuridão está lá, agasalhando seu real "eu" enquanto sua consciência moldada se comporta como marionete nas mãos do senso comum. A escuridão o mantém aquecido, vivo, enquanto seu verdadeiro "eu" espera por uma chance de se apresentar. Você não se conhece, não sabe do que é capaz e, enquanto não se desvencilhar das dúvidas e abraçar a escuridão, nunca saberá.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Camadas

 Entender o que somos nos trás à verdadeira realidade e isso não é o que queremos, não de verdade.

Claro que alguém que nunca enxergou a realidade vai dizer que sonha com isso, mas isso pode destruir toda sua consciência.

Enxergar a realidade significa se expor, significa se enxergar, significa se aceitar. Isso corrói, amarga, destrói. Mas também constrói uma nova série de oportunidades e nos dá a real limitação que, para os cegos pela luz, parece ilimitada.

Não posso dizer que o conhecimento do mundo real é bom ou ruim, não posso dizer que gostaria ou não de estar onde estou. Não posso dizer nada. Cada um deve ver por si só e julgar somente em sua mente. Não sou aquele que abre as portas e, aliás, não existe aquele que abre as portas. Quem assim se apresenta está te abrindo uma porta limitada, restrita a um aposento repleto do que ele quer lhe mostrar. Não corresponde a realidade e sim a mais uma camada de sonho.

A escuridão é o caminho para o autoconhecimento, o autoconhecimento o caminho para a realidade, a realidade o caminho para a ascensão.

Entender o que é escuridão talvez seja a parte mais difícil, pois para isso precisamos nos livrar de conceitos impostos e nos deparar com nossa forma real.

Para nos definir normalmente utilizamos nosso filtro de senso comum, se o senso comum diz que devemos ser "boas pessoas" então procuramos em nosso âmago informações que nos tornem "boas pessoas" e assim fazemos com tudo o que se relaciona a nossa autoimagem. Mesmo quando estamos nos considerando pessoas ruins, ainda nos comparamos com o senso comum e dizemos que somos ou não bons pelos motivos A ou B. Isso tudo é uma grande besteira que não deveria sequer ser levada em consideração. O senso comum existe para nivelar aqueles que estão sempre sujeitos a aprovação.

Atualmente existe todo um sistema de controle invisível que nivela a todos e se impõe à sua consciência.

Você consome a mídia enquanto a mídia te consome, é muito fácil vender o que você precisa engolir, pois você quer, acima de tudo, engolir o que é vendido, pois assim será aceito pelos outros que já engoliram. Aqui entra um questionamento pessoal, você não precisa me responder, nem responder em voz alta, mas isso está errado?

A quantidade de pessoas que engolem é tão grande que é quase impossível achar alguém original na sociedade atual. Procure enquanto caminha, veja a quantidade de pessoas que se preocupa com a beleza exterior, observe quantas pessoas estão simplesmente "fazendo pose" e tentando vender uma imagem. Alguns querem passar a imagem de que não ligam e gastam uma considerável quantia de dinheiro por jeans rasgados ou desbotados de fábrica, ou até mesmo com gestos ou frases.

É incrível e absurdo a forma com a aceitação dos outros se tornou imperativo. Escravos dos "likes", dos pastores, dos padres, da moda, da beleza, da "saúde", da interação, da novidade, da tecnologia, do "conhecimento".

É importante frisar que na listagem acima, "saúde" e "conhecimento" parecem estar erroneamente incluídos, porém a "saúde"que me refiro é a falsa sensação de que somente se é saudável se você for magro ou se enterrar em uma academia, e o "conhecimento" da mesma forma se vende por obras literárias pífias que iludem ao passar a ideia de que ler um livro por dia contribui para seu desenvolvimento intelectual, oras, ler 50 tons de qualquer cor ou sobre lobisomens e vampiros adolescentes ou até mesmo sobre pequenos bruxos não contribui com sua intelectualidade e, sim, o distancia do que deveria valer a pena. Não me entendam mal, sou fã da Anne Rice e adoro Harry Potter, mas isso não é cultura e sim diversão, o nome é que está errado. Não é quantidade de cultura absorvida que te melhora e sim a qualidade da mesma.

Voltando à questão inicial, entender o que somos nos liberta de muito mas nos prende a muito também. 

Entender é diferente de dominar, não nos dominamos como pessoas, não nos tornamos melhores ao nos conhecer, simplesmente nos conhecemos ao nos conhecer.

Se conhecer é o primeiro passo e aí entra a escuridão, a privação, a reflexão silenciosa do que realmente somos. 

Entendamos a nós mesmos como camadas, a externa está repleta da poluição social, está calejada e podre, precisamos removê-la, contudo, se o fizermos, estaremos expondo uma camada mais fraca e indefesa a toda poluição que correu a primeira. Nessa hora estaremos incorporando mais profundamente a poluição e absorvendo mais de todos os problemas que tentamos evitar. Por isso não se deve agir sem antes pesar as consequências dos atos, nos descobrir pode nos destruir, mentalmente, socialmente e, por fim, nos matar de verdade.










quinta-feira, 28 de junho de 2012

OLKRANISM - O caminho sem volta

 Não, não é um caminho propriamente dito, contudo não há outra metáfora para explicar o que é o Olkranism. Primeiramente, para falar de Olkranism preciso explicar o que é a Olkran.


OLKRAN

A Olkran ou Ulchron é a soma de toda a existência, de tudo o que já existiu e tudo o que ainda irá existir. Se o Big Bang fosse o ponto zero da realidade, então a Olkran seria o ponto -1. A existência é um conjunto de fatores, uma equação impossível de quantificar. Somos simplórios demais para conseguir sequer vislumbrar o inicio da pergunta... e arrogantes demais para acreditar que temos uma resposta.

Não é possível descrever a Olkran sem que o indivíduo questionador morra em troca dessa resposta. Veja bem, morrer no aspecto físico não modifica nada em relação à frase anterior, se você quiser aprender e entender parte da questão, deve ressignificar toda a sua existência. Isso sim é morrer, isso sim é deixar de existir. Diariamente o seu precioso "EU" morre a cada minuto, suas preciosas células se desprendem de seu agrupamento e são soltas no ar, se deteriorando, modificando e se tornando parcelas infinitesimais de matéria... desaparecendo para o mundo físico, surgindo no mundo quântico e, por fim, desaparecendo até mesmo do mundo quântico.

Ouvimos dizer, de forma "coquética" e arrogante que "nada se perde, tudo se transforma" e isso é verdade, até certo ponto, o universo está em constante movimento, as galáxias, planetas, estrelas, presos numa teia de energia batizada de matéria negra (meramente pela falta de conhecimento para visualizar essa energia) vagam numa velocidade inimaginável para um ser humano comum e, conforme vagam, seus componentes se soltam e vão ficando pelo caminho... um paralelo macro à existência humana... mas pensemos... o universo está em movimento... está indo (ou se expandindo segundo algumas visões), enquanto ele se desloca o que fica para trás? e o que é "para trás" do universo? ou, no caso da expansão, o que há adiante do universo? Se nenhuma matéria é perdida, as partículas são reaproveitadas e a energia recondicionada? 

Bem, não vou me estender em perguntas parcialmente respondidas pelo conhecimento humano porém reduzidas para caber nas perguntas dos limites da ciência humana. 

A Olkran é o que há fora do espaço-tempo e o que existe antes da existência. É a soma da existência mais a inexistência, é a fonte de energia existencial e, ao mesmo tempo, a fonte da destruição existencial e, nesse contexto, destruição é algo extremamente positivo.


O Olkranism não é um culto de adoração À Olkran. O Olkranism é a preparação para a volta à Olkran. E essa preparação se dá com muito conhecimento linear para alinhar os neurônios para o conhecimento instintivo. Somente quem conseguir adormecer seu sistema racional e seus "sistemas irracionais" irá conseguir conceber o que isso significa.

O Olkranism é compreender a real existência da alma e o quão científica ela é e entender que a ciência é muito inconsciente, e está no caminho da verdadeira evolução intelectual humana.

O Olkranism é entender que nada simplesmente existe e tudo tem lugar de igual importância na Olkran.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Naweka - Verdade por trás das mascaras

(...)
Starry night bring me down
Till I realize the moon
It seems so distant yet I felt it pass right through
And I see what I see a new world is over me
So I'll reach up to the sky
And pretend that

I'm a spaceman
In another place and time
I guess I'm looking for a brand new place
Is there a better life for me?
(...)

(Spaceman - 4 Non Blondes - Linda Perry)


Valores distorcidos, mensagens não compreendidas, frases incoerentes e indignação com tudo o que acontece... sim, meu mundo e minha mente, ou o que sobrou dela, se contrai e expande em direções muitas vezes incompreendidas para mim mesmo, algumas vezes sequer tenho tempo de entender o que realmente penso e já estou a 180° desse mesmo pensamento. Não me importa se alguém entende ou gosta do que penso, é realmente indiferente para mim, basta que eu encontre alguma lógica ou alma no que penso e já estou pleno.

Meu caminho se faz e me faz imperceptível, algumas vezes menos do que gostaria, contudo, em sua moda, me faz invisível aos que se alimentam de mentes. Invisível aos que tentam, de forma quase absurda, absorver e digerir toda forma de conhecimento real, tornando-o obsoleto e ultrajante, tão fenomenal que as ilustrações de quadrinhos acabam sendo menos fantasiosas do que a realidade habitada.

Do que eu tô falando? da incomensurável mente que os aprisiona: A razão!

A lógica e a magia andam, lado a lado, da mesma forma que, outrora, a tão inusitada física andava pelas vielas escondida dos olhares excomungantes, hoje temos muito o que esconder e nada a adicionar sem colocar em risco nossa posição de simpliscidade no mundo. Somos um encontro de forças descomunais e, ainda sim, nos contentamos em deixar nossa existência ser taxada como um simples jogo de marionetes sem cordões.

Você se desdobra pra ser um sujeito normal, enquanto tentamos simplesmente ignorar sua existencia, o que, até pouco tempo seria simples. Nos dias atuais, como ignorar a caça ao conhecimento e a destruição das fontes de energia do mundo? Como ignorar a forma como os simplórios tratam tudo e todos? Como ignorar a idiotice que se propaga cada vez mais? Será que só eu escuto o arranhão no disco? Será que não é arranhão e eu realmente sou menos humano do que pensei?

Essa questão não é importante, afinal, sem dinheiro quem se importa se vai ou não existir um planeta, se vai ou não haver algo além da vida com carros e casas? se existe ou não algo além do que se vê. Não sou eu que vejo um arranhão no disco, isso faz parte da música e, infelizmente, o tempo em que tocavam minha música já passou... pelo menos era o que eu sabia até então.

Achei não ter respostas para minhas indagações e havia decidido deixar de questionar, contudo, descobrí com um comercial de TV que não são as respostas que movem o mundo... são as perguntas... ai ai... (não aguentei... )

Falando sério.. realmente achei não ter respostas e comecei a desistir de indagar... não havia, em minha consepção momentanea, motivos para isso... sendo assim, para que insistir em algo que não é solucionável... uma máxima me salta à mente relacionando-se, quase simbioticamente, à essa questão: O que não tem solução não é problema, e sim, característica. Exatamente isso me fazia pensar no porque de questionar tanto a realidade que vivo, mesmo tendo aprendido tanto, a sensação de incoerência que o mundo me passava me deixava transtornado e, devido a meu romantismo imbecil, somando-se a meu stress pós traumático (vide: divórcio) me tornava cada vez mais amargo e cada vez meno sociável... até que resolví tentar algo que me veio a cabeça... parar de pensar, olha, quase funcionou...rs..

Não querer questionar e tentar deixar de ser o que sou me fez pensar em como passei a vida tentando ser um + para todos ao meu redor e como fui sugado devido a isso... amigos que se aproveitaram de meu autruismo... conhecidos que se aproveitaram da falta de importancia que sempre dei ao dinheiro... pessoas que tentaram ter um status melhor repassando ideias minhas... enfim, percebí que estava abdicando de tudo o que eu havia passado em mtas existencias apenas por estar chateado e com pena do mundo a minha volta... por perceber que as pessoas são, em sua grande maioria, burras e buscam ignorar tudo o que evoluiria suas mentes.